Filme: Era uma Vez Em... Hollywood (2019)

Situado na Hollywood próximo ao início da década de 70, o filme acompanha um ator e seu dublê enquanto testemunham as mudanças na indústria cinematográfica, incluindo "múltiplos arcos num conto de fadas em homenagem aos momentos finais da Era de Ouro do cinema."

Todo fim de ano gostamos de eleger nossas coisinhas favoritas, né? Alguns costumam mencionar filmes em meio as suas listas; assim os sites de cinema sempre procuram Tarantino para opinar sobre os melhores do ano. Sabem que ele é apaixonado pelo que faz e por todo o mundo cinéfilo. Era Uma Vez Em... Hollywood é praticamente uma homenagem a tudo que ele ama e usa de referência em suas produções. A ideia original dele era lançar em livro.
A trama inicia no fim da década de 60. Rick Dalton, Leonardo DiCaprio visto em Django Livre, é um ator veterano conhecido por uma série western de muito sucesso exibida na tv americana. Com as mudanças pairando no cenário hollywoodiano, ele começa a temer o fim de sua carreira. No início do filme o agente dele, interpretado por Al Pacino visto em O Irlandês, aconselha a aceitar mais um trabalho no gênero. E se as coisas não andam tão bem para Dalton, imagine para seu dublê, Cliff Booth, Brad Pitt visto em Bastardos Inglórios, que serve mais como seu motorista particular do que para a atuação em si.
Cliff Booth não mantém uma boa fama pelos arredores de Los Angeles. É briguento, e fora as suspeitas de que assassinou a própria esposa. Tudo dificulta estabilizar a carreira. Sua sorte é Dalton considerar a amizade, querendo-o por perto. Mais tarde, Booth conhece a hippie Pussycat, Margaret Qualley vista na série Fosse/Verdon, uma das integrantes da família Manson que o leva até o rancho onde Charlie os lidera. E claro que o dublê dá um jeito de arrumar uma treta das grandes com os hippies assassinos, né?
Enquanto isso Sharon Tate, Margot Robbie vista em Esquadrão Suicida, só deseja aproveitar as bonanças que sua ascensão oferece; sempre envolvida em festas ao lado de seu noivo, o cineasta Roman Polanski, Rafal Zawierucha visto em Jack Strong. Aparece em cenas dançando, divertindo-se com os amigos e aproveitando uma boa música. Ambos são vizinhos de Rick Dalton, que espera uma ótima oportunidade para se aproximar do diretor e garantir o sucesso de sua carreira nos novos ares hollywoodianos.

Brad, Leo e Al
Preciso dizer que acho esse filme amaldiçoado. Ha! Parece que a ideia original dele envolvia mais foco no arco da Família Manson, daí a militância das redes - que já não simpatiza muito com Tarantino - deu um jeito pra Sony manipular um pouco e amenizar esse foco. Povo chaaaato por demais! É cinema, caralho. Assistir primeiro pra criticar depois! Estou falando isso porque ano passado lançaram outras coisas focando no Charles Manson mais os assassinatos, e ninguém fez esse auê todo. Só com ele. Ainda tem o lance do assediador e estuprador
Aprecio bastante o cinema dele, mas algo empacou a minha conexão com esta produção. Não vou negar que há momentos ótimos, simplesmente porque adoro o humor Tarantino. E adoro que ele sempre tira o melhor dos atores em cena. Trabalhando com Pitt e DiCaprio anteriormente nos presenteou com performances e personagens marcantes, de ambos, com puro escárnio e cretinice, desconstruindo o ar principezinho dos atores. Rick Dalton não é um anjo, mas Cliff Booth acaba por apagar sua estrela em vários momentos. Mesmo assim, desejei mais ousadia da parte do diretor e, também, roteirista do longa, sobretudo em relação ao personagem do Brad. Sim, queria um final bem fatal pra ele.
A primeira parte do longa não me contagiou nem um pouco.

O dublê Cliff e as hippies da Família Manson, Gypsy e Pussycat
Como a sinopse especifica iremos encontrar um tom fantasioso por aqui, alterando linhas dos acontecimentos reais. Muitos personagens são baseados em personalidades em alta na época; até parte dos menos conhecidos. A Família Manson está toda aqui - e ele também, interpretado pelo mesmo ator que o interpretou na série Mindhunter - embora o arco de Sharon não seja como conhecemos. É lindo assistir que o roteiro a deixou esbanjando alegria e sorrisos até o fim do filme. Um dos meus momentos favoritos, na verdade.
Boa parte dos atores/atrizes escalados são conhecidos, embora o belo trabalho com a maquiagem e figurino deixe alguns irreconhecíveis. Há pequenas participações, ora de atores veteranos, ora de atores/atrizes jovens em ascensão. Acredito que irão reconhecer boa parte por séries de tv que fazem sucesso atualmente. E notei certo nepotismo na escalação. Muitos são filhos/filhas/irmãos/irmãs de atores/atrizes famosos. Como estamos falando em uma homenagem ao cenário hollywoodiano, certamente deve ser proposital. Ha! E, claro, além da dupla principal, Tarantino traz outros atores e atrizes de suas outras produções.
Li pelas redes que há partes improvisadas no longa. Dizer que eu raramente noto essas coisas, mas dessa vez DiCaprio deixou bem nítido. E vamos combinar que Rick Dalton precisa um pouco mais de sal. O cara é sem graça e, em boa parte, sonífero. São poucos registros grandiosos em relação a ele por aqui. Ao meu ver, deveriam ter deixado a parte final "estrelada" apenas por ele.

Sharon Tate se divertindo na Playboy Mansion
A Era de Ouro é repleta de teorias da conspiração - nível Cliff assassinando a esposa ou não, e outras coisas - que se Tarantino quisesse poderia fazer mais trocentos filmes usando esse cenário. E acho que ele lê boa parte delas no Crazy Days and Nights que nem eu. =x
O longa ainda nos presenteia com uma ótima trilha sonora, repleta por músicos em alta na época, visando o rock. A fotografia consegue nos aproximar da Los Angeles de Ouro com belíssimos tons e grandes referências cinéfilas. Lembrando que é um lugar americano mais glamouroso, alto astral e conhecido pelo clima caloroso. Além das belas residências.
E não posso esquecer: a história dos pés em excesso é verdade! E boa parte sujos.
Vão lavar esses pés, credo.
Título Original: Once Upon a Time... in Hollywood
Nacionalidade: Americana
Produção de: Sony - Columbia, Bona Film e Heyday
Produção de: Sony - Columbia, Bona Film e Heyday
Roteiro: Quentin Tarantino
Roteiro Adaptado? Não
Ano: 2019
Censura: 16 anos
Duração: 161min
O Que Assistirei? Cinema, Dublê treteiro e Hippies Assassinos
Elenco Principal: Leonardo DiCaprio, Brad Pitt, Margot Robbie, Al Pacino, Emile Hirsch, Margaret Qualley, Timothy Olyphant, Julia Butters, Austin Butler, Dakota Fanning, Bruce Dern, Mike Moh, Luke Perry, Damian Lewis, Damon Herriman, Lena Dunham, Maya Hawke, Victoria Pedretti, Sydney Sweeney, Danielle Harris, Scoot, McNairy, Dreama Walker, Rumer Willis, Rebecca Gayheart, Kurt Russell, Zoë Bell, Michael Madsen, entre outros.
Trilha Sonora: Clique aqui
Trailer: Clique aqui e assista o trailer
Prêmios/Indicações: Vencendor de 2 Oscars + outras 8 indicações. Clique aqui e veja outras indicações e prêmios
Boa tarde,
ResponderExcluirTudo bem?
Acredita que tenho este filme baixado e ainda não vi?
Da preguiça ver mais de 2h de filme sozinho ( só se for Senhor dos Anéis kkkkkkkk)
Beijos e se cuida
www.rimasdopreto.com
Oi, Nana
ResponderExcluirEu confesso que quero assistir para ver a interação de Brad e Leo, meus crushs da adolescência.
Eu vi um negócio desse do Pitt falando sobre pés no SAGA e não entendi nada, agora tô curiosa. Hahahaha
E não sabia que o filme tinha umas linhas de fatos reais, e se eu falar que conheço os Manson só de nome e que não sei nada sobre o caso deles você acredita? Tenho que dar uma pesquisada.
E nossa, acho que mais amaldiçoada que essa produção só O Exorcista! Hahahah
Beijos
- Tami
https://www.meuepilogo.com
Oi
ResponderExcluirEsse é um filme que fiquei na dúvida se via ou não... Mas acho que vou ver sim
Depois te conto o que achei ;)
Beijinhos
Renata
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Oi Nana,
ResponderExcluirEstou mega atrasada nesses filmes do Oscar, ai ai ai, já até sei que pelo segundo ano consecutivo eu não vou conseguir acompanhar a premiação com apostas.
Porém, esse elenco super chama a atenção, hein? E já vieram alguns prêmios... Só que se você quer sinceridade, eu te dou: o enredo não me prende, então estou enrolando para ver. KKKKKKKKKKKKKKKKKK
beeeeeijos
http://estante-da-ale.blogspot.com/
Não consegui essa conexão com esse filme de jeito nenhum! Sei lá, nunca fui fã do trabalho do Brad..e talvez seja este o motivo.
ResponderExcluirComo amo o trabalho de Quentin, não senti também a pitada dele ali, entende?? Tá, eu preferia ver sangue, muito sangue.rs
Quando ele foi indicado ao Oscar eu me vi perguntando os motivos. Talvez o reveja antes da premiação. Talvez eu não tenha entendido direito.rs
Beijo
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na Flor
Oii Nana.
ResponderExcluirAinda não vi esse filme apesar de estar com ele para assistir. Não tive o impacto que me chama até ele e cada vez mais as críticas me desmotivam. Quero dizer, um filme de quase três horas precisa prender o espectador. Como O Irlandês que funciona bem.
Obrigado pela resenha.
Me ajudou a tomar uma decisão.
Beijos.
Blog: Fantástica Ficção
Olá...
ResponderExcluirUltimamente ando numa vibe de filmes, que simplesmente viciei e quero assistir a tudo que eu puder! Ainda não conhecia esse, mas, pela sua resenha parece ser algo que irá me agradar.
Bjo
http://coisasdediane.blogspot.com/
Hhaha amo esse filme, muito boa sua resenha mana!!!
ResponderExcluirNão tenho nem o que comentar sobre esse eleco né <3
Deetz Blog